A Novela do Governador Geraldo Alckmin: Professores em greve conduzem manifestação gigantesca até o Palácio dos Bandeirantes, mas não são atendidos pelo governador

Professores em greve protestam em frente ao Palácio dos Bandeirantes (SP)

Professores em greve protestam em frente ao Palácio dos Bandeirantes (SP)

Numa verdadeira demonstração de resistência na última sexta-feira (10/04), no bairro do Morumbi, foi realizada mais uma assembleia estadual, onde se reuniram cerca de cinquenta mil (50.000) professores que reafirmaram suas reivindicações e votaram pela continuidade da greve, seguiram em passeata até o Palácio dos Bandeirantes onde tencionavam protocolar um pedido de reunião com o governador de São Paulo, mas o senhor governador Geraldo Alckmin está encenado mais um capítulo de sua novela: a recusa obstinada em negociar com os professores em greve, e, ainda ao menos em reconhecer o movimento grevista que já se estende por mais de um mês.
A passeata dos professores seguiu caminho até a sede da Rede Globo, na Avenida Roberto Marinho, onde expressaram seu repúdio à cobertura parcial e tendenciosa levada em efeito pela emissora.

Greve dos Professores da Rede Estadual de São Paulo – Servidores da Educação Lotam Algumas das Principais Avenidas de São Paulo.

Na última quinta-feira (02/04), os professores da rede estadual de ensino, reunidos em Assembleia Estadual, no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP), paralisaram a Avenida Paulista e adjacências.

Greve dos Professores - Rede Estadual de Ensino - São Paulo - Imagens desmentem os números divulgados pela "grande mídia". (02/04/2015)

Greve dos Professores – Rede Estadual de Ensino – São Paulo – Imagens desmentem os números divulgados pela “grande mídia”. (02/04/2015)

Numa manifestação pacífica e organizada, os professores, junto aos seus representantes, a APEOESP, deliberaram de forma democrática pela continuidade da greve, que se estende desde o dia treze (13) de Março, e pela realização da próxima Assembleia Estadual defronte ao Palácio dos Bandeirantes, residência do governado de São Paulo, Sr. Geraldo Alckmin, a realizar-se na próxima sexta-feira (10/04), às 14:00 horas, também foi aprovado o calendário de mobilizações que, dentre outras ações, prevê a intervenção nas principais rodovias estaduais, dia  nove (09/04), quinta-feira. Os professores decidiram pelo deslocamento em passeata até o acampamento dos professores na Praça da República, em frente ao edifício da Secretaria da Educação.

Reunidos em cerca de sessenta mil (60.000) pessoas, os professores seguiram da Av. Paulista, passando pelas avenidas: Brigadeiro Luis Antônio, 23 de Maio e Ipiranga, até seu destino: a Praça da República, a “Praça dos Professores”.

Todo o percurso foi marcado pelo som de palavras de ordem, tais como, “Não vai ter arrego!”; “Professores na rua, Alckmin, a culpa é sua!” e “Fora Alckmin inimigo da Educação!”; além de paródias bem-humoradas que descreviam a situação da Educação na gestão do PSDB.

Os professores foram saudados, ao longo de todo trajeto, por moradores e transeuntes, ao som de aplausos e “buzinaço”, que demonstram o reconhecimento da justiça de sua causa.

Túnel da Avenida 23 de Maio. (02/04/2013) Acervo Pessoal: Prof. Marcos

Túnel da Avenida 23 de Maio. (02/04/2013)
Acervo Pessoal: Prof. Marcos

Necessário esclarecer que a greve dos professores visa melhorias nas condições de trabalho e aumento salarial, a pauta completa das

reivindicações pode ser conferida no site da APEOSP (http://www.apeoesp.org.br/). Os professores não contam com o apoio da grande mídia, que inclusive tem sido articulada com vistas a criminalizar o movimento grevista (vide o Editorial da Folha de São Paulo, 23/04/2015) e vinculá-lo a manobras político-partidárias.

Observemos que a greve não se insere no âmbito político-partidário, embora tenha dimensões políticas, posto que vise à melhoria no âmbito da educação e esta tem como um de seus principais objetivos a preparação para a cidadania (art.205/CF), a educação é política na medida em que acima das diferenças partidárias

prepara o educando para a vida em sociedade em seus variados aspectos.

62 obras sobre os principais pensadores da educação para download

O Mi­nis­té­rio da Edu­ca­ção, em par­ce­ria com a Unes­co e a Fun­da­ção Jo­a­quim Na­bu­co, dis­po­ni­bi­li­za pa­ra downlo­ad a Co­le­ção Edu­ca­do­res, uma sé­rie com 62 li­vros so­bre per­so­na­li­da­des da edu­ca­ção. A co­le­ção traz en­sai­os bi­o­grá­fi­cos so­bre 30 pen­sa­do­res bra­si­lei­ros, 30 es­tran­gei­ros, e dois ma­ni­fes­tos: “Pi­o­nei­ros da Edu­ca­ção No­va”, de 1932, e “Edu­ca­do­res”, de 1959. A es­co­lha dos no­mes pa­ra com­por a co­le­ção foi fei­ta por re­pre­sen­tan­tes de ins­ti­tu­i­ções edu­ca­cio­nais, uni­ver­si­da­des e Unes­co.

O cri­té­rio pa­ra a es­co­lha foi re­co­nhe­ci­men­to his­tó­ri­co e o al­can­ce de su­as re­fle­xões e con­tri­bui­ções pa­ra o avan­ço da edu­ca­ção no mun­do. No Bra­sil, o tra­ba­lho de pes­qui­sa foi fei­to por pro­fis­si­o­nais do Ins­ti­tu­to Pau­lo Frei­re. No pla­no in­ter­na­ci­o­nal, foi tra­du­zi­da a co­le­ção Pen­seurs de l’édu­ca­ti­on, or­ga­ni­za­da pe­lo In­ter­na­ti­o­nal Bu­re­au of Edu­ca­ti­on (IBE) da Unes­co, em Ge­ne­bra, que reú­ne al­guns dos mai­o­res pen­sa­do­res da edu­ca­ção de to­dos os tem­pos e cul­tu­ras.

In­te­gram a co­le­ção os se­guin­tes edu­ca­do­res/pen­sa­do­res: Al­ceu Amo­ro­so Li­ma, Al­fred Bi­net, Al­mei­da Jú­ni­or, An­drés Bel­lo, An­ton Maka­renko, An­to­nio Gram­sci, Aní­sio Tei­xei­ra, Apa­re­ci­da Joly Gou­veia, Ar­man­da Ál­va­ro Al­ber­to, Aze­re­do Cou­ti­nho, Ber­tha Lutz, Bog­dan Su­cho­dolski, Carl Ro­gers, Ce­cí­lia Mei­re­les, Cel­so Su­cow da Fon­se­ca, Cé­les­tin Frei­net, Darcy Ri­bei­ro, Do­min­go Sar­mi­en­to, Dur­me­val Tri­guei­ro, Ed­gard Ro­quet­te-Pin­to, Fer­nan­do de Aze­ve­do, Flo­res­tan Fer­nan­des, Fre­de­ric Skin­ner, Fri­e­drich Frö­bel, Fri­e­drich He­gel, Fro­ta Pes­soa, Ge­org Kers­chen­stei­ner, Gil­ber­to Freyre, Gus­ta­vo Ca­pa­ne­ma, Hei­tor Vil­la-Lo­bos, He­le­na An­ti­poff, Hen­ri Wal­lon, Hum­ber­to Mau­ro, Ivan Il­lich, Jan Amos Co­mê­nio, Je­an Pi­a­get, Je­an-Jac­ques Rous­se­au, Je­an-Ovi­de De­croly, Jo­hann Her­bart, Jo­hann Pes­ta­loz­zi, John Dewey, Jo­sé Mar­tí, Jo­sé Má­rio Pi­res Aza­nha, Jo­sé Pe­dro Va­re­la, Jú­lio de Mes­qui­ta Fi­lho, Liev Se­mio­no­vich Vygotsky, Lou­ren­ço Fi­lho, Ma­no­el Bom­fim, Ma­nu­el da Nó­bre­ga, Ma­ria Mon­tes­so­ri, Ní­sia Flo­res­ta, Or­te­ga y Gas­set, Pas­cho­al Lem­me, Pau­lo Frei­re, Ro­ger Cou­si­net, Rui Bar­bo­sa, Sam­paio Dó­ria, Sig­mund Freud,Val­nir Cha­gas, Édou­ard Cla­pa­rè­de e Émi­le Durkheim.

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